domingo, 21 de junho de 2009

Mea culpa ... (E a relação da ética com o conhecimento produzido por outros autores? )

Será que nós, professores, sabemos lidar com a pesquisa virtual? Ou ainda, será que em algum momento do passado já orientamos corretamente o nosso aluno para uma pesquisa, mesmo com livros? Penso que não. Às vezes, nem mesmo listamos uma bibliografia para servir de apoio para a pesquisa do aluno. Antigamente, com os livros, nossos alunos copiavam os textos - com todas as vírgulas- e entregavam como se deles fossem. Hoje, com a informática, nos deparamos com o copiar, colar e imprimir. Mudou alguma coisa? Só a tecnologia! A conduta é a mesma. Ficarmos apenas ultrajados não basta! É preciso mudar! E cabe a nós ... orientar, orientar, orientar ... sempre. É preciso incentivar o aluno para que ele crie o seu próprio texto. Copiar um texto da internet e receber elogios como se fosse seu não leva a lugar nenhum. É enganar a si próprio, além do que ... a verdade sempre aparece ... e o resultado disso é bem pior. Copiar é diferente de citar. Penso que ao citar um fragmento(sempre entre aspas) e informando o seu respectivo autor, você estará valorizando o texto e a pessoa que o produziu.
E, então, voltando ... professor, precisamos orientar o nosso aluno para lidar com essa fonte inesgotável que é a internet. Talvez, trabalhando a estrutura de um texto, seja uma resenha, uma argumentação, etc. Estou aqui me lembrando de um professor que tive. Muito engraçado, ele nos dizia, façam a pesquisa, pode ter 20, 40, 60 páginas, mas só quero avisar: - Só vou ler a introdução, a conclusão e a bibliografia.
Penso que foi aí que comecei a ter as minhas primeiras noções de ética.
(Nadiejda Cordeiro)

Um comentário:

  1. Essa questão me faz pensar numa pesquisa escolar que tive de fazer quando tinha uns 13 anos sobre a Índia. Lembro bem que a professora escreveu um grande bilhete dizendo que o mais importante no trabalho do meu grupo tinha sido a parte do que nomeamos "nossa opinião" porque ali sim, ela tinha percebido que havíamos escrito com nossas próprias palavras... Essa professora conseguiu me ensinar que o importante não era copiar as informações, mas saber reelaborá-las e expressar alguma visão pessoal sobre o que tínhamos pesquisado. De fato, nunca fui orientada a como proceder para a busac de informações. Então, acho que devemos ser mais explícitos com nossos alunos para que eles entendam que existe uma questão ética na difusão, apropriação e troca de conhecimentos.
    Katharina Kelecom

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